Encontro capacita articuladores do Escola das Adolescências
- Assessoria de Comunicação
- 13 de dez. de 2024
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Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Básica (SEB), promoveu nesta semana, de 9 a 11 de dezembro, em Brasília (DF), o 2º Encontro Formativo da Rede Nacional de Articuladores Técnicos do Programa Escola das Adolescências (Renapea). A política busca promover um espaço acolhedor para os adolescentes nas escolas, a fim de impulsionar a qualidade social da educação. A expectativa é melhorar o acesso, o progresso e o desenvolvimento integral dos estudantes.
No evento, técnicos articuladores do Programa Escola das Adolescências de todos os estados do país participaram de reflexões, vivências e oficinas de planejamento para a implementação da política nos territórios. A coordenadora-geral de Ensino Fundamental da SEB, Tereza Farias, afirmou que o encontro permitiu a troca de experiências entre as redes sobre as estratégias de apoio às transições escolares em curso. Além disso,
aprofundou a compreensão sobre a organização curricular e pedagógica da política, que visa ampliar as oportunidades de aprendizagem dos estudantes adolescentes.
Segundo Farias, no encontro foram realizadas oficinas pedagógicas com os materiais de apoio para a implementação dos Clubes de Letramento Matemático, Científico, Literário e de Corporeidade e de Humanidades e Cidadania do Programa Escola das Adolescências, que são os Cadernos de Inovação Curricular do programa.
“A formação é de extrema importância para orientar os entes subnacionais na implementação das ações de eixo de organização curricular e pedagógica do Programa Escola das Adolescências. A adesão foi finalizada e 17.639 escolas de anos finais, de 3.849 redes municipais e 27 redes estaduais, pactuaram a implementação das ações de inovação curricular. O MEC investiu R$ 110,2 milhões”, informou a coordenadora.
Em diferentes oficinas formativas, os técnicos da Renapea puderam conhecer os guias de apoio técnico aos Clubes de Letramentos, tirar as dúvidas com os especialistas autores dos Cadernos de Inovação Curricular, além de planejar a implementação nas escolas de anos finais que aderiram ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) Escola das Adolescências, a partir do ano de 2025.
Segundo a técnica da Renapea do estado do Rio de Janeiro, Rita Manhães, o encontro foi muito significativo para a educação pública do território brasileiro. “O Escola das Adolescências é a maior e melhor iniciativa que vivemos após muito tempo sem ações normativas para esse segmento de ensino. As discussões realizadas nos levaram a refletir sobre uma mudança de concepção do que e como trabalhar com nossos adolescentes para que melhor aprendam e se desenvolvam”, considerou.
Manhães destacou, ainda, que o encontro contribuiu muito para a integração entre estados e municípios e foi fundamental para a governança do Escola das Adolescências. “Conhecemos todas as etapas apresentadas, de forma clara e planejada”, disse.
Participantes – Também estiveram presentes no encontro a secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Schweickardt; a coordenadora-geral de Estratégia da Educação Básica, Ana Valéria Dantas; a coordenadora-geral de Educação Midiática da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom/PR), Mariana Filizola; a oficial de Projetos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Maria Rehden; o especialista Herbert Gomes, da Universidade Federal da Bahia (UFBA); a especialista Mayra Ponti, da Universidade de São Paulo (USP); a especialista Cristiane Chica, do Grupo Mathema; e Edvânia Barros, do Ensino Médio com Intermediação Tecnológica (Emitec); além de especialistas de instituições parceiras no apoio técnico da política, que são a Fundação Itaú Social, representada por Cláudia Sintoni, e o Instituto Reúna, representado por Katia Smole.
Escola das Adolescências – O Programa Escola das Adolescências, instituído pela Portaria nº 635/2024, é uma estratégia do governo federal de apoio técnico-pedagógico e financeiro para fortalecer os anos finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano). Conjugando esforços da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a iniciativa busca construir uma proposta para essa etapa de ensino que: conecte-se com as diversas formas de se viver a adolescência no Brasil; promova um espaço acolhedor; e impulsione a qualidade social da educação, melhorando o acesso, o progresso e o desenvolvimento integral dos estudantes.
A política inclui produção e divulgação de guias temáticos sobre os anos finais do ensino fundamental, assim como incentiva, financeiramente, escolas priorizadas segundo critérios socioeconômicos e étnico-raciais. Além disso, encoraja maior conexão com as características dos anos finais, para apoiar a construção de trajetórias de sucesso escolar. Suas estratégias se dividem em três eixos: governança; organização curricular e pedagógica; e desenvolvimento profissional.

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